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Viagem ao Taiti: Em Busca da Onda dos Meus Sonhos

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Tudo começou com uma pergunta simples:


“Onde você gostaria de passar seu próximo aniversário?”


Sem hesitar, respondi:


“Em Teahupo’o, no Taiti.”


Porque lá, bem lá, está a onda dos meus sonhos.


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Meses depois, o universo conspirou a meu favor. Recebi um convite para participar de uma viagem ao Taiti com uma equipe que iria filmar um documentário sobre body surf em alguns dos lugares mais fotogênicos do planeta. Me perguntaram se eu queria surfar e ajudar nas filmagens. A passagem estava paga; eu só precisava arcar com a alimentação e a hospedagem.


Não pensei duas vezes: aceitei, e assim começou a aventura.


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A Ideia da Viagem


O objetivo era claro: treinar em ondas tubulares, conectar-me com a cultura e as pessoas locais e, acima de tudo, aprimorar minhas habilidades no surfe em ondas mais técnicas e desafiadoras.


Foi uma mistura de jornada espiritual, treinamento físico e experiência em produção de filmes.


O Taiti é um lugar que te ensina desde o primeiro dia — não apenas como surfar melhor, mas como viver mais presente, em maior sintonia com a natureza.


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A Cultura, o Povo e a Comida


A primeira coisa que me surpreendeu foi o espírito do povo.


Os taitianos são incrivelmente generosos, pacíficos e humildes. Cumprimentam-se encostando as testas, como um beijo no terceiro olho, na sua visão espiritual.


Vivem num ritmo mais tranquilo, todos se conhecem e recebem você com um sorriso genuíno. Eles têm algo que faz você se sentir confortável e à vontade.


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A culinária taitiana é uma jornada à parte.


Meu prato favorito foi o poisson cru, peixe cru marinado em suco de limão e leite de coco — uma explosão de frescor e sabor. Eles consomem muito peixe, tubérculos locais, e há também uma forte influência francesa: baguetes, croissants, doces e pratos mediterrâneos.


O mais especial é a qualidade dos ingredientes: tudo é fresco, natural e cheio de vida. Comer no Taiti é uma experiência sagrada.


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A Onda: Teahupo’o


E, claro, Teahupo’o.


Aquela onda que eu tinha visto tantas vezes em vídeos estava agora bem na minha frente.


Tive a sorte de surfá-la por vários dias — alguns com ondas de 1,2 a 1,8 metros, outros com ondas de 1,8 a 2,4 metros — e cada sessão foi única.


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A onda é poderosa, rápida e perfeitamente cilíndrica.


Seu tubo é tão grande que se poderia imaginar uma casa dentro dele. A água é de um azul cristalino e imaculado, com tonalidades hipnotizantes. Mas também é uma onda implacável e perigosa: o recife é próximo, muito raso, e a energia do oceano ali é bruta, sem filtros.


Quando o sol incide sobre a água, seus raios refletem na onda com um brilho quase ofuscante.


Estar diante de Teahupo'o é testemunhar a pura beleza e o poder do mar.


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Outra onda que adorei foi Taapuna, com sua magia e ritmo próprios, perfeita para aprimorar minha técnica e curtir o flow. Uma das minhas melhores sessões na viagem ao Taiti foi em Taapuna com minha amiga bodyboarder Sarah. Certa manhã, a onda estava incrível; éramos só nós duas, alguns locais na água e alguns cinegrafistas. Naquele dia, conseguimos pegar várias ondas boas, e alguns deles nos filmaram, o que foi muito divertido. Sou muito grata à Sarah, que foi muito gentil e me levou para nadar com arraias-manta e tubarões. Ela me mostrou suas ondas favoritas e me levou para comer em lugares deliciosos, como poke bowls, pizza e sorvete.


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A Economia: Tahiti Não é Barato


Tahiti é uma ilha, e isso se reflete nos preços. Tudo custa duas a três vezes mais do que em outros lugares, mas a qualidade compensa.


Por exemplo, a hospedagem em Teahupo'o pode custar cerca de US$ 40 por noite em um hostel compartilhado.


Para alimentação, você pode esperar gastar entre US$ 50 e US$ 80 por dia, embora, se cozinhar, possa reduzir esse valor pela metade.


O segredo é planejar, viajar com outros viajantes e se adaptar ao ritmo local.


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O Que o Taiti Me Ensinou


A maior lição foi simples, mas profunda:


Você precisa ousar viver seus sonhos.


Eu sonhava em visitar Teahupo'o há dez anos, e finalmente esse sonho se tornou realidade.


Surfei ondas grandes, tubulares e pesadas... e com cada uma delas, quebrei não apenas uma barreira física, mas também uma mental.


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Compreendi que o único limite é a mente e que nossas crenças limitantes são os verdadeiros obstáculos.


Quando você confia no seu poder, trabalha com disciplina e mantém a fé, a magia acontece.


Às vezes, os sonhos levam tempo, mas sempre se realizam — basta continuar persistindo, estar presente quando o universo disser: "É a sua vez".


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Conceitos Que Levo Comigo


• Espírito do povo: generosidade, humildade e união


• Ambiente natural incrível e intocado: natureza pura, preservada e vibrante


• A forma e a energia das ondas: perfeitas, poderosas, sagradas


• Força, cor, recife: tudo em equilíbrio, tudo com propósito


• Língua e cultura: francês e taitiano, uma mistura de doçura, respeito e ritmo da ilha


• Onde o Espírito Aloha realmente vive


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Resumindo


O Taiti não é apenas um destino de surfe — é uma porta de entrada para uma versão mais autêntica de si mesmo.


Ali, entre o oceano e as montanhas, entre as ondas perfeitas e os sorrisos, eu entendi que a vida é sobre fluir, confiar e ousar sonhar grande.



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